Pedal à moda antiga

22 jun

19/06/2011 (Foto: Carlos Alkmin)

Esse final de semana (além do Alicate que em breve terá relato, fotos e vídeo) aconteceu o 1º Tweed Ride São Paulo, um passeio histórico, épico e muito elegante que nos levou a uma deliciosa viagem no tempo.

Cerca de 70 ciclistas compareceram ao “Theatro Municipal” bem no estilo “vintage”, seja com roupas, acessórios, objetos e até com bicicletas de décadas passadas. A arquitetura do centro deu um charme todo especial ao evento e o passeio por lugares históricos – como o Vale do Anhangabaú e Viaduto do Chá – reviveu na memória a época em que a bicicleta era o principal (e mais luxuoso) meio de transporte das cidades.

As meninas (e os meninos) capricharam na produção. Estavam tod@s lindíssimos. Eventos assim me deixam profundamente nostálgica e inspirada. Tomara que aconteçam outros, cada vez mais e mais.

O primeiro Tweed Ride (ou Tweed Run) foi realizado em Londres em janeiro de 2009. Inspiradas no exemplo inglês, muitas cidades do mundo já realizaram passeios semelhantes, como São FranciscoBostonChicagoFiladélfiaSacramentoTorontoVictoriaAnjou,

SidneyWashingtonNagoya e Curitiba entre outros.

Praça da Cidadania

Parabéns ao Coletivo Pscycle que organizou e promoveu o Tweed Ride São Paulo.  Saiu matéria no Diário de São Paulo!

Visite o site do evento: http://tweedridesp.wordpress.com/

Veja mais fotos dos queridos:

Carlos Alkmin e Laura Sobenes

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2 Respostas to “Pedal à moda antiga”

  1. Pscycle Community 22/06/2011 às 10:44 AM #

    yo fixie !

  2. velophotos 22/06/2011 às 2:39 PM #

    Belo post, Pedalinas. Todas as ações dessa turma que defende o uso da bike no cotidiano estão cheias de simbologia.

    Por um lado, a WNBR expõe, sem nada de obsceno, que o ciclista está despido em relação ao trânsito cruel e que, quem sabe nu, deixe de ser invisível. Já nesta “deliciosa viagem no tempo”, demonstra-se, com roupas elegantes, que chique mesmo não é um carrão para ficar preso no congestionamento e contribuir com o aquecimento global. Chique é não ser sedentário e egoísta. Sem abrir mão da roupa apropriada ao escritório ou a um compromisso social, é perfeitamente possível ir de bike daqui até ali.

    O capricho da moda para damas e cavalheiros, que até por volta dos anos 50 era obrigatória até para ir a uma sala de cinema, evoca os bons tempos em que circulavam bondes elétricos pela pauliceia. Os calhambeques já cruzavam nossos leitos carroçáveis, é verdade. Poluíam mais, mas não passavam muito dos 30km/h e não tinham à disposição essas vias expressas construídas sobre nossa outrora rica bacia hidrográfica. Pudera, não eram vendidos em prestações a perder de vista.

    Não se trata, aqui, de fazer um discurso contra o que se convencionou chamar de “desenvolvimento”. Os tempos são outros, mas muito pode ser resgatado. Cidades mais modernas e mais ricas que a nossa contaram com vontade da população e vontade política para que muitos de seus espaços voltem a servir aos…. cidadãos, ora! São mantidas alternativas para todos, quer se desloquem de carro particular, a pé, com o transporte público, de bike ou numa racional combinação de todos os modais.

    A “Tweed Ride”, ao escolher como cenário o Centro de São Paulo, também faz lembrar um tempo em que regiões da cidade eram melhor equilibradas entre habitação, locais de trabalho, comércio e serviços. Tínhamos um centro digno, que atualmente só não é pior graças a iniciativas de revitalização, como o próprio Teatro Municipal, palco da concentração do passeio. Mesmo assim, o crescimento dos bairros-dormitório, levando a deslocamentos cada vez maiores (o chamado “cummuting”), faz com que não haja sistema de transporte que dê conta.

    Encarando com responsabilidade as condições adversas do trânsito paulistano, os ciclistas urbanos têm feito sua parte por uma cidade melhor, com o melhor do início do século XX em pleno século XXI.

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