Arquivo | outubro, 2010

Clarear as ideias: Oficina sobre iluminação para bicicletas

27 out

Nessa quinta (28.out) acontecerá a oficina “Clarear as ideias”.

Participe e aproveite para conhecer um pouco mais sobre iluminação e sobre a Mão na Roda 🙂

“A Mão na Roda é o projeto de oficina comunitária da Ciclocidade. Aberta a todos os ciclistas, é um espaço de encontro, interação e troca, com o objetivo de fomentar e proporcionar a autonomia e o uso consciente da bicicleta.

Regida pelo princípio do faça você mesmo, inicialmente a oficina está levantando um acervo de ferramentas e estrutura mínima para ajustes e manutenção das bicicletas, de forma colaborativa através de doações. Neste mesmo espírito, o espaço pretende promover mensalmente oficinas temáticas.

Na próxima quinta-feira, no dia 28/10, a Mão na Roda receberá a primeira oficina: Clarear as ideias. Oferecida por Eduardo Green, faz um recorte nas questões de iluminação para bicicleta, com palestra introdutória, discussão e prática. Participe, traga sua bicicleta, apetrechos de luz e compartilhe suas táticas de visibilidade!”

Bikes & Livros

26 out

Duas dicas para quem gosta de bikes e livros =)

CPTM: “Livro Livre”

Para @s adept@s do transporte intermodal, a CPTM está com a campanha “Livro Livre” até 29.out. Retire um livro em uma das estações, leia, e depois deixe o livro em um local público para outra pessoa usar. Mais.

USP: “Semana do Livro e da Biblioteca”

A “Semana do Livro e da Biblioteca” vai até 29.out. Serão várias palestras sobre o acesso público aos acervos da USP, e mais um bom motivo para pedalar nas ruas da cidade universitária, que nessa época ficam cobertas com as flores amarelas e roxas que caem das árvores. Mais.

“vai coisa gostosa!!!”

25 out

Assédio no trânsito não é assunto novo por aqui. Agressões verbais todas nós, mulheres que pedalam, provavelmente já sofremos.

Mas vem cá, ja imaginou estar subindo uma avenida (a sumaré, no caso), em pleno domingo, feliz e contente por  ter poucos carros na rua, e perceber que um carro reduz a velocidade e sentir uma palmada bem dada na bunda seguido de um “vaaaaai coisa gostooooosa” e várias risadas de um bando de playboys?

Nunca imaginou? Nem eu. Mas isso aconteceu comigo, mas o carro preto de placa 2416 e a cara do mauricinho orgulhoso de seu ato machão-ogro de camisa amarela olhando e rindo de mim no retrovisor, eu nunca vou esquecer.

Pra mim, um cara que faz algo desse tipo, é o mesmo que estupra e bate na mãe. O caráter (zero) e a certeza de que o mundo gira em volta do seu pinto são características comuns a esses seres desprezíveis.

Poderia fazer uma lista do que senti ao tomar o tapa: ódio, vergonha, humilhação, revolta, raiva, etc, etc, etc. E todos esses sentimentos juntos me deram forças nas pernas para pedalar na velocidade maior que eu pude com o intuito de alcançar o 2416, 2416, 2416 – repetia para mim mesma.

Rá! Lá estavam eles, distraídos e cantando esperando o sinal verde. Cheguei devagarzinho sem ser percebida pela direita. Com muita vontade, cuspi e vomitei na cara do de amarelo, arremesei-o para fora do carro, chutei bem no meio do seu saco. Não tive pena da sua cara de pavor, me pedindo peloamordedeus para parar. Não parei. Seus amigos-super-machões, se envergonharam do amigão que dá tapas em bundas de mulheres estar apanhando de uma de suas vítimas, e fugiram, deixando-o para trás.

Obviamente esse é o final que minha criatividade alimentada de ódio e revolta produziu.

O final real é bem diferente disso: Infelizmente (ou felizmente) todos os sinais estavam abertos, não tinha congestionamento e os perdi de vista. Me recolhi no meu suor e humilhação e engoli seco para conseguir terminar o dia sem matar um.

Postei essa foto no início do meu post, que é o resultado de uma busca no google das palavras “mulher + bicicleta”. E isso resume muito bem tudo o que escrevi.  Tirem suas próprias conclusões.

Desculpem o relato meio pesado para uma segunda feira. E sorte pra todas nós, que vamos pedalar muito ainda durante toda a semana. Que pessoas como essas não cruzem nosso caminho e não estraguem nosso dia (e muito menos nossa dignidade).

Marina Chevrand

Como foi bom pedalar

21 out

Esse relato foi escrito pela minha mãe, a Marisa, que mora em Uberaba, lá em Minas Gerais, onde nasci. Ela me mandou por e-mail, depois de me ligar toda feliz, com uma novidade especial. Agora ela é uma Pedalina também. 🙂

—————————————————————————————————————————————————

Como foi bom pedalar

Chegamos ontem à tarde. Teria sido apenas mais uma viagem de férias, comum, mas para mim teve um sabor especial: realizei inesperadamente um velho sonho: consegui pedalar uma bicicleta sozinha! Bem, pra quem não me conhece pode parecer uma grande bobagem, mas é preciso que se saiba que tenho uma limitação física no quadril desde a infância. Essa deficiência se agravou com o tempo, de modo que ultimamente não consigo caminhar por grandes distâncias (mais que um quarteirão…), o que levou meu marido a adquirir um triciclo com banquinho para passageiro… E neste triciclo, que acabou se revelando uma excelente compra, pude aproveitar melhor nossos passeios pela praia. Mas sempre na carona. Dessa vez, após presenciar tentativas hilárias de nossos amigos tentando conduzir nossa “Zafira”, e percebendo que seria praticamente impossível cair dela, arrisquei! Primeiro com meio pedal, depois percebi que conseguia pedaladas completas, ainda que com a velocidade de uma tartaruga… Para mim foi uma grande vitória! Foi muito bom! E pude perceber, então, a sensação de liberdade que com certeza os ciclistas sentem… De frente pro mar, na areia, contra o vento… E a paixão que minha pedalinazinha possui não é sem fundamento. Filha, pedale por nós duas! Por aqui continuarei tentando, devagarzinho…

por Marisa Callegari

Pedalando a Zafira

Dessa vez, o banco do carona ficou vazio

Insulto de raiz: patrimônio cultural em risco

20 out

O insulto de raiz é uma prática lúdico-terapêutica, que consiste em descontar as frustrações da sua vida ou em expressar seu ódio ao outro, ainda que um completo desconhecido, a partir da segurança de seu veículo motorizado. Privilegia-se aqui a ação ágil, gratuita e impune. Os mais ousados, normalmente em bando, chegam a colocar sua cabeça para fora do veículo, com um ganho significativo nos quesitos intimidação e projeção de voz. Aos mais tímidos é permitido o insulto sem contato visual, sendo ainda possível recorrer à proteção das janelas com insulfilm.

A prática, que não vingou nas cidades de interior – onde o número reduzido de habitantes e embaraçosos encontros no coreto comprometiam a impunidade –, encontrava nas regiões de urbanização intensa seu local privilegiado. Encontrava. O insulto de raiz, que antes corria de pés descalços pelas ruas, ricocheteando nas velhinhas que insistem em morar na calçada oposta ao mercado, agora se vê perigosamente limitado pelo crescimento urbano. A cidade já não oferece mais um sítio totalmente seguro para essa prática.

Com as ruas cheias de carros são cada vez mais frequentes os encontros com os insultados no farol fechado ou na próxima esquina obstruída, comprometendo a inconsequência do ato. E mais: aumenta significativamente o número de cidadãos que não reconhecem nessa prática seu valor tradicional – ah, plebe ignóbil! -, e se acham no direito de reclamar quando são vitimados por um insulto de raiz. Proliferam, assim, os conflitos cotidianos, e a prática, até então inofensiva, passa a oferecer riscos ao insultador. Por vezes ele é constrangido a assumir a autoria e mesmo responder por suas palavras.

Barrados por violentas convenções de trânsito – o que são os semáforos se não a demonstração do braço coercitivo do Estado em sua atividade constante de desmanche do patrimônio cultural? – e pela coincidência – que outro motivo poderia explicar as ruas que eu uso sempre estarem lotadas com outros carros exatamente no horário que eu preciso? – os adeptos ao insulto de raiz se encontram em uma situação insustentável. A que tipo de humilhação ainda se verão expostos aqueles que tem coragem de preservar essa prática? Até quando o Estado manterá sua postura passiva, sem desenvolver um projeto sério para viabilizar a manutenção dessa tradição?

Até que tenhamos as respostas para essas perguntas, acredito que a prática do insulto de raiz continuará cada vez mais arriscada. Por isso deixo aqui minha solidariedade aos que ainda tem coragem de lutar por seu direito à cultura e um conselho singelo: invistam na cara de pau, pois fica muito feio não estar preparado ou fingir que fala no celular, desligado, quando aquela garota ou aquela senhorinha batem no vidro para pedir uma satisfação.

(Recentemente ouvi alguns insultos no trânsito, como ciclista e como pedestre, e fiquei me questionando em que tipo de realidade vivem essas pessoas que acham normal esse ato de agressão gratuita, que por vezes mais parece uma demonstração angustiada e, sobretudo, distorcida de sua própria impotência. Bom, foi assim que cheguei nessa ideia maluca ai de cima, uma forma irônica de elaborar um pouco uma das reflexões que a cidade nos oferece)

Contagem de ciclistas

15 out

A Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo – Ciclocidade – tem feito um trabalho muito bacana na direção de legitimar o uso da bicicleta como meio de transporte e tornar cada vez mais possível a convivência pacífica no trânsito.

Mas dois levantamentos em especial tiveram uma importância histórica para embasar discussões ligadas à mobilidade urbana e ao uso crescente deste veículo na cidade. Foram as contagens de ciclistas realizadas nas avenidas Eliseu de Almeida (dia 13 de agosto) e Paulista (17 de setembro).

“A contagem de ciclistas em ruas e avenidas de São Paulo, realizada sistematicamente pela Ciclocidade, é uma forma simples de comprovar que uma quantidade considerável – e sempre crescente – de moradores da cidade vêm utilizando a bicicleta como meio de transporte em seu dia-a-dia. Este uso supera a barreira construída pelo fato de este veículo ainda não ter sido notoriamente reconhecido pelos órgãos públicos na sinalização viária permanente.”

Os relatórios estão disponíveis para download aqui e aqui.

Entre os parâmetro analisados estavam, sexo, idade, mão/contramão, capacete, mochila, roupa, etc. Características que traçam um perfil aproximado do público que freqüenta determinada região e quais suas preferências/particularidades.

Questão de gênero

Observem a gritante diferença entre a quantidade de homens e mulheres pedalando:

  Eliseu Av Paulista
Total 561 733
Homens 447 (98%) 649 (96%)
Mulheres 9 (2%) 27 (4%)



O que se pode concluir com esses números (especificamente relacionados ao gênero)??

O trânsito ainda é um ambiente masculino, onde os homens se sentem menos intimidados  a enfrentar os dificuldades e hostilidades. A bicicleta expõe o ciclista, ele fica vulnerável e fragilizado. Para a mulher sair da bolha (seja o carro, a casa, o quarto, o escritório, a proteção do marido) exige um pouco mais de iniciativa e força de vontade, já que as dificuldades que enfrentamos são particulares ao sexo feminino. Esta é, inclusive, uma das justificativas para a existência desse grupo. Quebrar barreiras, paradigmas.

Se somos poucas ocupando nossos espaços nas ruas, somos mais que antes e menos que amanhã. O processo é lento e gradual, mas constante. A conquista da liberdade e autonomia da mulher deu a ela espaço e coragem.

Ao mesmo tempo que é triste ver um número tão ínfimo nessas contagens, por outro lado é muito bom saber que estamos aumentando. Até o momento em que sejamos várias, espelhando outras, encorajando pessoas e contribuindo (à nossa maneira) por uma cidade mais humana, justa e tranquila.

A revolução virá de bicicleta!!! Enquanto isso, seguimos pedalando…

My Commuted Commute

12 out

Esse vídeo foi gravado por uma mulher e mostra algumas reflexões sobre as ciclofaixas em NY.

 

De Bike na Paulista

6 out

Choveu na sexta. Choveu no sábado de manhã. O convite dizia que mesmo com chuva o encontro de Outubro das Pedalinas aconteceria, às 14h:30.
Apesar de não ter bicicleta (quer dizer, eu tenho uma, só que o pneu está furado) não dava para eu levá-la no trem. Mas isso é o que eu pensava até então.

 

Pedalinas na Paulista

 

Depois de 1h e pouquinho de viagem cheguei à Praça do Ciclista, que fica na travessa da Paulista com a Consolação. Cheguei cedo até.
De longe vi uns carros de uma emissora de TV, câmeras e maquiadores. Pensei que era algo com as Pedalinas, mas não era. Todo esse “âue” era para uma gravação de uma novela.
Cheguei e a primeira que encontrei foi a Sílvia.
Conversamos um pouco, perguntei se vinham mais meninas e ela disse que sim. Contou um pouco de sua relação com a bike e há quanto tempo estava pedalando.
Logo foi chegando mais e mais gente. Cada uma com seu estilo e suas bikes personalizadas. Cestinha, flores, capacete rosa, adesivos como “1 carro a menos” e assim por diante.
Aquela reunião foi me deixando com mais vontade de participar. Mas o problema era a falta de uma bike. Até que a Aline resolveu meu problema.
Sacou o cartão de crédito e alugou uma magrela pra mim. Confesso que fiquei com medo.
Mogi é uma cidade tranqüila. Em São Paulo eu só ando de ônibus ou metrô. Nunca me passou pela cabeça andar de bike em plena Av. Paulista um dia. Mas a vida é assim mesmo.
Coloquei o capacete, a mochila nas costas comprei uma garrafinha de água e segui o comboio que saiu lá pelas 15h  da praça.


A primeira pedalada dá uma sensação de liberdade. Pode parecer piegas isso, mas é verdade. O vento batendo no rosto, as pernas em sintonia com a bicicleta, me senti feliz naquele momento. Tão simples, mas tão simbólico.
As pessoas nas calçadas, nos pontos de ônibus ou até mesmo de dentro dos carros estranham. É curioso perceber a expressão deles. Alguns olham com cara feia, outros dão um leve sorriso de aprovação.
Os taxistas _não todos_ são um pouco grosseiros. Não só eles, mas os que estão dirigindo qualquer veículo que tenha quatro rodas ou mais. Parece que a rua foi feita só para carros. A grande maioria, enxerga os ciclistas com um estorvo no trânsito. Senti na pele.
Uma coisa interessante…
Pude reparar com mais calma as paisagens ao meu redor. Tudo bem, que no começo a insegurança de ser atropelada a qualquer momento me deixou um pouco apreensiva,  ainda assim, me deparei com situações que no cotidiano passam despercebidas.
Achei o percurso super simples. Eu que não faço exercício físico agüentei numa boa. Ok, ok. A subida da Al. Campinas me fez saltar da bike e sair empurrando. Mas não fui só eu… Outras pedalinas me acompanharam. E quando chegamos ao ”topo” lá estavam todas esperando a gente.
Nunca tinha ido até o Pq. Ibirapuera. Achei demais andar de bike lá dentro.
Quando mandei um e-mail solicitando uma reportagem às pedalinas, escrevi que gostaria de entender o espírito do grupo. E me surpreendi. Há uma camaradagem presente. Apesar de muitas irem ao pedal pela 1º vez, parece que se conhecem há tempos. Existe uma sintonia muito boa.

 

Mãos na Graxa!

 

Foi fácil comprovar isso quando o pneu da Celina furou. Uma emprestou as ferramentas, a outra se propôs a ajudar e num minuto a bike estava pronta novamente. Pedalinas com a mão na graxa, literalmente.
No Parque, instalamos as magrelas próxima a uma lanchonete, juntamos umas mesas e começamos a conversar. Ouvi atentamente. Cada uma possui uma história bacana pra contar. Isso acaba motivando de certa maneira.
Não existe aquele discurso moralista. Ande como achar melhor. Não há regras nem fórmulas. O começo pode ser complicado, mas tudo se ajeita.
Já de noite e, sem previsão de chuva, voltamos à praça.  O retorno foi tranqüilo, tirando o morro (rs).
Entregamos a bike e eu parti pra Mogi. Antes peguei o metrô com uma pedalina e o amigo dela. Os dois de bike. Gostei da cena! Aí sim, hein!

 

Próxima estação...

 

* O passeio me instigou a trocar o pneu da minha bike. Quem sabe!

Flores em outubro

4 out

Pela previsão do tempo o encontro de sábado (02/10) seria chuvoso e frio, ainda bem que erraram mais uma vez.

Tava uma tarde muito gostosa, nem quente nem gelada, nem seca nem molhada. Ideal pra pedalar! Na praça pouco mais de 20 meninas aguardavam o rolê e foi legal ver carinhas novas.

A idéia de ir até o Ibirapuera saiu da lista de discussão quando sugeri um passeio pela exposição de jardim no MAM. Todas gostaram e lá fomos nós!

Pedalar pela Avenida Paulista é sempre emocionante. Impossivel não notar os sorrisos e a alegria de todas – especialmente as novatas que não poupam palavras pra expressar a sensação ímpar de enxergar aquele lugar tão simbólico sobre duas rodas.

Sem falar no quanto é legal pedalar em massa, dá segurança pra quem ta começando e é uma bela oportunidade de estar na rua, exercendo nosso direito, ocupando nosso espaço, testando a bike, as marchas, o equilibrio.

Descemos até o Parque do Ibirapuera, com o vento soprando no rosto e bagunçando o cabelo. Uma delícia! Já no parque fomos em busca das flores e no meio do caminho o pneu de uma das meninas furou!  Ok, quem anda de bicicleta tem que estar preparado pra isso, pois acontece mesmo e quando você menos espera!

Mesmo um senhor querendo “ajudar” (ele cobraria pelo serviço), as meninas sentaram, fizeram o remendo e deram uma palhinha da oficina “Com a Mão Na Graxa”.

Enquanto umas ajudavam no trabalho, outras foram passear e terminar de ver a exposição. Ficamos ali por um tempo, batendo papo, experimentando outras bikes e sorrindo!

Em seguida decidimos ir até a lanchonete pro nosso bate papo oficial, conhecer as novatas e trocar algumas figurinhas.

Muitas histórias legais, de coragem, superação, curiosidade pelo mundo da bike. E assim a noite caiu, o frio foi tomando conta e finalmente voltamos . Grande parte das meninas foi se despedindo ali e tomando outros rumos, mas quem ficou pôde esquentar o corpo com uma bela subida até a paulista.

Foi ótimo! Agora estamos nos articulando para outras atividades ainda em outubro e na expectativa para o próximo encontro..

As fotos estão sendo atualizadas no nosso álbum

Deslocamentos

1 out

Uma das coisas mais bacanas da bicicleta é a possibilidade de recuperar paisagens perdidas no cotidiano. Uma oportunidade de reparar mais no entorno, sem fechar-se no carro, e de conhecer novos lugares, na busca por alternativas. É como se um pedaço da cidade, antes roubado pelo trânsito ou ignorado pelo interesse seletivo, nos fosse novamente oferecido. E ficamos aqui, esperando e agindo para que esse espaço seja valorizado, e que coisas novas aconteçam nele, pois um pouquinho de novidade é sempre bom.

Por isso achei bem interessante que na Paulista, em meio as detestáveis plaquinhas políticas e os resistentes sinais da primavera, agora encontram-se expostas réplicas das obras do acervo do MASP. No muro cinza e no canteiro de obras estão pendurados quadros, legendas e olhares. E tudo por causa de um projeto cuja ideia poderia agradar bastante a arquiteta do MASP, Lina Bo Bardi, para quem o museu deveria representar muito mais para os paulistanos do que um simples bloco de concreto contra o céu.

"Revelarte - O MASP nas ruas"

Ah, e fica o convite: a Paulista é roteiro “obrigatório” no encontro das Pedalinas, vale dar uma olhadinha nesses quadros no nosso pedal de amanhã! 😉