Arquivo | junho, 2011

1ª Cicloviagem das Pedalinas!

30 jun
Primeira cicloviagem das Pedalinas!

flyer: @lancany

Depois de alguns planos e até uma oficina a respeito, próximo sábado realizaremos a primeira cicloviagem das Pedalinas! Voltada principalmente para iniciantes, que pela primeira vez se aventurarão a percorrer uma distância maior, terá um caminho a ser percorrido sem pressa, em ritmo bem tranquilo, e com algumas paradas para descansar e renovar as energias. =)

E o pernoite será na casa da Evelyn!

Ela já nos mandou um e-mail detalhando o caminho e alguma orientações, que estão resumidas neste post. Qualquer dúvida, é só se inscrever na nossa lista de discussão ou mandar um e-mail (pedalinas.sp@gmail.com).

O trajeto até Sorocaba terá 3 paradas, uma a cada 25 km, mais ou menos. A primeira é em um posto em Barueri, depois de Alphaville, antes do pedágio de Jandira. A segunda é no km 53 da Castelo. A última será em outro posto/shopping, na altura do km 70 e um pouquinho antes da entrada para a Castelinho.

Itens necessários:
Roupa de cama e banho, como colchonete, saco de dormir, cobertor, toalha, etc. Levando em conta que à noite esfriará um bocado.
No quintal há espaço para umas 5 barracas, para quem preferir acampar.
Levar câmaras e remendos, para eventuais emergências de pneus furados.
Dinheiro para alimentação e passagem de ônibus.
Se alguém cansar demais, não se sentir bem, alguma bike quebrar e precisar desistir, os ônibus da Cometa (R$20,00) passam a cada 15 minutos em direção a Sorocaba.
Informações da ida
Ponto de encontro:
Praça d@ Ciclista (Av. Paulista x R. da Consolação)
Data e horário:
Sábado, 02 de Julho, às 6h30 da manhã.
Volta
Data:
Domingo, 03 de Julho.

Cycle Chic

28 jun

@pedaline, Renata, @joanarocha e @vmambrini

Esse final de semana tiramos fotos na Av Paulista para uma matéria sobre pedalar com “roupas normais” em São Paulo. A jornalista e Pedalina, Janaína Quitério está produzindo o conteúdo e logo que for publicado divulgaremos aqui.

Fotos: Thiago Teixeira

A responsável pela matéria: Janaína-linda

Cores e amores

27 jun

Sarinha falando no trio (desculpe nao ter visto essa foto antes) =)

Algumas Pedalinas participaram da 9ª Caminhada Lésbica e de Mulheres Bissexuais de São Paulo que aconteceu sábado, dia 25/06, e antecedeu a 15ª edição da Parada do Orgulho Gay que aconteceu no domingo por aqui. Inclusive a Sarinha foi convidada a subir no trio e chamar as meninas para conhecer e participar do Coletivo.

A luta por respeito é semelhante em diversos movimentos sociais. É só parar pra ouvir o discurso das pessoas quando pedem mais amor, paz, tolerância e respeito com as opções dos outros, seja de mobilidade, sexual ou de vida!

É tão impressionante quanto inadmissível pensar que tanta gente ainda implora por aceitação e respeito numa nação considerada livre, democrática e regida por uma Constituição Federal tão bonita e recheada das letrinhas:  “igualdade” e “justiça”.

Mas na prática a teoria é outra. Pouco a pouco as ruas voltam a ser tomadas de “gente diferenciada”. Gente que cansou de ficar calada diante de imposições sociais ridículas e valores engessados, enraizados e regados de tirania e preconceito.

Isso aí. Vamos vivendo.

Pedal à moda antiga

22 jun

19/06/2011 (Foto: Carlos Alkmin)

Esse final de semana (além do Alicate que em breve terá relato, fotos e vídeo) aconteceu o 1º Tweed Ride São Paulo, um passeio histórico, épico e muito elegante que nos levou a uma deliciosa viagem no tempo.

Cerca de 70 ciclistas compareceram ao “Theatro Municipal” bem no estilo “vintage”, seja com roupas, acessórios, objetos e até com bicicletas de décadas passadas. A arquitetura do centro deu um charme todo especial ao evento e o passeio por lugares históricos – como o Vale do Anhangabaú e Viaduto do Chá – reviveu na memória a época em que a bicicleta era o principal (e mais luxuoso) meio de transporte das cidades.

As meninas (e os meninos) capricharam na produção. Estavam tod@s lindíssimos. Eventos assim me deixam profundamente nostálgica e inspirada. Tomara que aconteçam outros, cada vez mais e mais.

O primeiro Tweed Ride (ou Tweed Run) foi realizado em Londres em janeiro de 2009. Inspiradas no exemplo inglês, muitas cidades do mundo já realizaram passeios semelhantes, como São FranciscoBostonChicagoFiladélfiaSacramentoTorontoVictoriaAnjou,

SidneyWashingtonNagoya e Curitiba entre outros.

Praça da Cidadania

Parabéns ao Coletivo Pscycle que organizou e promoveu o Tweed Ride São Paulo.  Saiu matéria no Diário de São Paulo!

Visite o site do evento: http://tweedridesp.wordpress.com/

Veja mais fotos dos queridos:

Carlos Alkmin e Laura Sobenes

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Indo mais longe…

18 jun

Sábado passado rolou a Oficina Indo mais longe: pedal de longa distância e cicloviagens.

No Espaço Contraponto, as pedalinas Jeanne e Verônica mostraram como se planejar para encarar uma pedalada de maior quilomentragem como o Audax (onde inclusive algumas pedalinas estão hoje!) e também das cicloviagens, contando suas experiências e dando diversas dicas incríveis num bate-papo super descontraído e acolhedor.

Também recebemos integrantes do Meninas ao Vento, um grupo de mulheres que se deslocam pra cima e pra baixo (literalmente!) em Salvador. Essa troca de experiências é fundamental e muito prazerosa pra nós!

Para quem estava presente rolou um desafio: colocar toda a “tralha” que a Verônica levou pra demonstração nos alforges e montar tudo em cima da bicicleta!

A tralha toda…

e bora colocar tudo em cima da magrela.

Missão cumprida!

 

 

 

 

 

 

 

 

Um dos objetivos desta oficina foi planejar a primeira cicloviagem as Pedalinas, pra fechar o ciclo de oficinas que nós deu oportunidade de falar para mais mulheres e perceber que tem muita gente interessada em colocar a bicicleta no seu dia-a-dia.

 O destino escolhido foi Sorocaba, uma cicloviagem por caminhos já conhecidos de muitas meninas, um pedal tranquilo, onde faremos algumas paradas pra recuperar forças e contemplar o caminho.

A cicloviagem está marcada para dia 02 de julho. Até lá, sugerimos alguns treinos e vamos marcar alguns pela nossa lista de discussão, apareçam por lá meninas. Também vamos fazer uma revisão nas bicicletas e checar todos os detalhes na semana do nosso grande dia!

Acho que o planejamento da viagem faz parte do prazer de viajar, eu já estou vivendo tudo isso desde aquele dia (meu checklist já está pronto, haha!)

 Bora cicloviajar mulherada!
 

Acidente? Fatalidade?

16 jun

 

Entenda pq o atropelamento do Seu Antônio NÃO FOI ACIDENTE, NEM FATALIDADE!

Além do vídeo-tapa-na-cara, sugiro ler os posts do Willian Cruz no blog Vá de Bike e da Renata Falzoni na ESPN que detalham um pouco mais nossa revolta quando incidentes de trânsito são entendidos como “acidentais e fatalidades” pela imprensa, poder público e população.

Quando os responsáveis por garantir segurança no deslocamento das pessoas (independente do meio de transporte) se EXIMEM da culpa de não proporciona-la (leia-se: especialmente aos pedestres e ciclistas), eles são RESPONSÁVEIS DIRETOS E INDIRETOS pelas mortes e tragédias provocadas pela violência no trânsito. Ou seja, não tentem culpar a vítima pela própria morte: TODOS QUEREM/PODEM/TÊM DIREITO DE USAR A BICICLETA NAS RUAS, MAS NINGUÉM AQUI QUER MORRER!

Alicate!!

16 jun

NÃO É CORRIDA!!
TODAS SÃO BEM VINDAS!
LOCAL: Praça d@ ciclista, Consolação esquina com a Paulista.

Também em Fixadas.

A voz dos ciclistas invisíveis de São Paulo

15 jun

Confesso que está difícil escrever algo depois da morte de mais um ciclista na cidade de São Paulo. Na noite desta segunda-feira, onde a vida de Antonio Bertolucci foi interrompida, ciclistas amigos chegavam com os olhos marejados e se abraçavam em silêncio. Não havia palavras para expressar o que sentíamos. A sensação de uma luta em vão pelo respeito à vida… a tentativa de compreender, olhando para aquela curva , perto da faixa de pedestres e do semáforo.. como pôde um motorista atropelar a vida e os sonhos de outra pessoa? As desculpas são as mesmas de sempre, mas a verdade é conhecida: falta respeito à vida, respeito ao próximo.. vemos isso diariamente no trânsito, é só olhar em volta. Pessoas dirigem com uma mão só falando ao celular, aceleram para passar na frente do pedestre antes que ele atravesse a rua, ônibus ignoram a presença de ciclistas e os pressionam na via, já que são maiores, não sofrem nada.. e etc.. e etc..

Difícil traduzir tudo isso em palavras, mas acabo de ouvir a entrevista de uma amiga, Aline Cavalcante, nossa querida @pedaline, que conseguiu dizer tudo que sentia e que estava engasgado até então.

Espero que o desabafo dela, que é também o meu e de muitos, chegue não só aos ouvidos dos motoristas, mas ao coração. Para que deixem de avaliar o preço de uma vida e passem a respeitar as que cruzarem seus caminhos.

Chega de mortes no trânsito. Ninguém precisa perder a vida indo até a padaria, ou ao trabalho, ou para a praia no feriado..

Há os que respeitam, sabemos, e estes apoiam a nossa luta por um trânsito mais humano através de atitudes responsáveis nas ruas (e não com adesivos de coraçãozinho no carro) e até com mensagens de apoio como vimos no último post deste blog, mas falamos aos que ainda não perceberam que um veículo com mais de uma tonelada e que acelera, pode matar.

As pessoas tem vindo até mim comentar o que aconteceu, chocadas com a brutalidade de uma morte como essa, algumas, inclusive, me dizem que temos que fazer alguma coisa.

Pois bem, informo a todos que continuaremos fazendo. Que continuaremos pedalando e ocupando as ruas, cada dia mais. Que nos abalamos e muito, mas que não desistiremos de construir a cidade que sonhamos. Uma cidade mais humana e agradável para todos. Portanto, não pedimos que todos gostem de ciclistas, nem de pedalar, mas exigimos respeito. E vamos continuar a exigi-lo nas ruas, cada vez mais e mais.

Por isso, amigo motorista, se ainda não o fez, aprenda a respeitar. A bicicleta já faz parte do cotidiano da cidade há muito tempo e fará cada dia mais. E mais. E mais. Seja cidadão e compartilhe a via, proteja a vida, amanhã pode ser você a pedalar, ou seu filho, seus pais, ou seu amor. Entenda: sua pressa não vale uma vida. Pratique a tolerância. Chega de “fé em Deus e pé na tábua”. Tenha fé NA VIDA. Na sua, e na dos outros. Eu só quero chegar viva em casa.

Esse post vai sem foto, já que somos invisíveis, que ao menos a nossa voz tenha vez..

LUTO pelo que acredito (acreditamos)

14 jun

Foto: Marcel Maia

Eu, Aline, ainda estou muito machucada emocionalmente com tudo que aconteceu, em especial pq comecei essa semana com sede de mudança, uma vontade tão forte, tão visceral que não dá nem pra dimensionar ou explicar em palavras.

Foto Luciano Ogura

A morte do Seu Antônio mexeu na alma, não pq ele era empresário ou sei lá o quê. Mas pq era SER HUMANO, pai de família, ciclista, responsável, cidadão. Assim como ele dezenas de “bicicleteiros” têm suas vidas ameaçadas pelos COVARDES motorizados, pessoas que utilizam o carro como arma branca (???). Destroem famílias e mutilam sonhos.

Sinto um misto de revolta e esperança. Desestímulo e fé.

Foto Luciano Ogura

MUITA coisa incrível tem saído na mídia, mas é difícil engolir que a morte de uma pessoa seja o ponta-pé para que alguma coisa mude (se é que vai mudar). Todo material sobre o assunto tem sido atualizado na página da bicicletada.

Não quero me alongar. Esse assunto ainda abala, me faz chorar, entristece demais. Mas lendo o (ótimo) post “Porque não foi acidente” do Willian Cruz me deparo com o impressionate, emocionante e inspirador comentário da “Ju”, que reproduzo abaixo na íntegra.

E antes de mais nada, obrigada vc, Ju, pelas palavras. Talvez vc não faça idéia do quanto foi bom pra mim lê-las nesse momento. Sem mais. 

“Antes de mais nada, desculpa pelo tamanho do comentário! Talvez eu tenha exagerado, mas é necessário falar.

Que as pessoas tiram habilitação sem receberem uma preparação decente, isso é fato!

Tirei minha carteira de motorista há 4 anos atrás. Na auto-escola, me ensinaram a furar o sinal vermelho sem levar multa. Bicicletas? Nem menção. Como fazer uma ultrapassagem segura? Também não! Não é o máximo? Essa lei do 1,5 m praticamente não existe, porque não convém a ninguém motorizado conhecê-la.

Mas isso não é desculpa!
Posso ser sincera? Só fui tomar conhecimento dessa lei por que o atropelamento do Massa Crítica em Porto Alegre aconteceu. Lamento muito, precisei que vocês gritassem a plenos pulmões. Mas então parei para pensar, nunca PRECISEI saber dessa lei para começo de conversa. E porque nunca precisei? Porque sempre tive medo de atropelar alguém, então eu sempre mantive distancia de ciclistas e motos na hora da ultrapassagem de qualquer jeito. Nunca precisei que a lei me dissesse isso, sei pensar por conta própria para saber o que é seguro ou não.

Vejam, não estou dizendo que não preciso saber das leis. Estou dizendo que não dependo das leis para ter noções de segurança.

Quero dizer, p****, senso de segurança é algo que deveria ser intrínseco. Não DEVERIA PRECISAR ser ensinado na auto-escola, na sociedade ou nas leis. É algo que deveria vir de cada um. Infelizmente não vem, então no fim dependemos mesmo das leis e das auto-escolas. Mas não deveria ser assim. Precisamos mesmo de uma lei que estabeleça “não atropele” para saber que não se deve atropelar?

Antes eu prezava apenas pela segurança envolvendo eu e o ciclista. Depois do que aconteceu no Massa Crítica, aprendi a dirigir pelos ciclistas e pelos outros, não só pela segurança deles quando eu passo, mas também pela segurança deles quando qualquer carro passa. Uma pena que eu precisasse disso para evoluir, mas que bom que pelo menos algo de bom aconteceu!
Percebi que o transito é uma coisa dinamica, ele flui, ele tem um ritmo, ele depende de toda uma sincronia para ser seguro. O que isso significa? Significa, por exemplo, que não é porque eu estou na pista do meio e a bicicleta na pista da direita, que eu não vou me preocupar com ela. Preciso ficar atenta, porque se vem um carro pela pista da direita com intenção de ultrapassá-la, cabe a mim diminuir a velocidade e dar passagem ao carro para que ele entre na minha pista, na minha frente. Assim ele ultrapassa a bicicleta com uma distância segura, sem tirar fino. Isso é sincronia, estar atento a todos em todas as pistas e saber tomar a decisão certa no momento certo. Outro exemplo, se a bicicleta está na minha frente, em uma avenida furiosa, e eu não estou com pressa e nem necessidade de ultrapassá-la, custa nada eu ficar atrás dela e segurar o trânsito para que outros carros não tirem fino. Ou seja, não só cuido para não causar um acidente, aprendi a cuidar para que outros também não causem.
Ajudei também meus pais a dirigir respeitando as bicicletas e tento divulgar ao máximo entre colegas.

Eu estava contando ontem isso ao Phil, e achei importante contar a vocês para que saibam que o movimento de vocês tem sim um efeito positivo sobre os motoristas. Muitos ainda são avessos às bikes, isso é algo que vai ser difícil vencer, mas pouco a pouco as pessoas estão se conscientizando. Começou conscientizando a mim, hoje meu pai, minha mãe e até a minha irmã, que em breve deve tirar a carta, aprenderam com vocês.

Queria trocar o carro pela bike, porém tão cedo acho que não farei isso, infelizmente. Fiquei de te mandar um e-mail com dúvidas, mas acabei adiando a ideia temporariamente, confesso. Tenho medo, mas não porque andar de bike é perigoso. Tenho medo porque sei do que motoristas são capazes e sei das barbaridades que eu vejo eles cometendo quando estou dirigindo minha “armadura de lata”. Se o carro é uma arma, infelizmente não estou pronta para sair de casa desarmada. Meu carro é o meu porto seguro depois de um dia estressante, é um conceito difícil de largar. Faço meu possível, e sou a favor de termos mais bicicletas nas ruas e menos carros. Vou lutar por um trânsito mais humano junto com vocês.

Ontem eu twitei falando que, depois de encarar um engarrafamento pesado, ouvindo a Kiss FM, tocou a música “I Want to Ride My Bicycle”, e brinquei falando que isso era um sinal. Conversei com meu amigo Phil sobre bicicletas e logo depois li o tweet anunciando a fatalidade. Pois bem, coincidencia ou não, depois lendo as matérias, me dei conta de que essa música tocou próximo ao momento em que o ciclista Antonio Bertolucci foi declarado morto. Se isso não é um sinal, eu não sei o que é.

Ver a foto da ghost bike ontem me deixou com um vazio enorme. Me deixou extremamente emocionada, e achei lindo o que vocês fizeram. Voces fazem algo que nem motorista, nem motoqueiro, nem mesmo os pedestres fazem, que é se unir por uma causa tão nobre. Para os outros, o trânsito é cada um por si e Deus por todos. Não pode ser assim.

Só isso, um desabafo.

Peço desculpas por escrever tanto. Ontem eu te mandei um tweet falando sobre como o movimento de vocês estava mexendo com o coração dos motoristas, porém 140 caracteres não foram suficientes para expressar o que eu senti, por isso eu vim aqui hoje. Ainda tinha tudo isso entalado na garganta para dizer.

Não quero vir aqui para cantar glórias. O Phil me disse que mais pessoas deveriam pensar como eu e, sinceramente, não quero ouvir isso de novo. Não sou a melhor motorista do mundo e estou longe de ser.

Só postei tudo isso porque vocês parecem exaustos de lutar por algo que dia a dia parece cada vez mais ignorado. Cada atropelamento parece uma causa perdida. Só quero dizer que não desistam. Pouco a pouco vamos estabelecer uma cultura de bom convívio, e se não viverei para ver esse dia chegar, farei então pelas próximas gerações.

Quero que saibam que o movimento de vocês mobiliza os motoristas, não desistam dessa causa, nunca! Motoristas anônimos estão sempre aderindo. Obrigada por combaterem os males do transito com amor, e obrigada por me ensinarem a fazer o mesmo. =)”

Pra começar a semana!

13 jun

Hoje acordei com vontade de mudar o mundo, de viajar, de sorrir, de ouvir musica no maior volume enquanto o sol brilha pras pessoas. Podem falar o que quiser do nordeste, mas Aracaju me proporcionava isso. Várias vezes acordava bem cedinho e ia correr na praia, tomava banho de mar e ia trabalhar com energia renovada.

Nossas ruas poderiam ser assim. Foto @wcruz

Sinto falta disso aqui em São Paulo – e não to falando da praia em si, mas de áreas de convivência. Queria que tivessem mais Ibirapueras, mais árvores, rios, praças e gente feliz. Aí chego no trabalho depois de uma pedalada de 30 minutos e assisto um vídeo inspirador da Natália Garcia. Ela é uma Pedalina que há alguns meses resolveu buscar pelo mundo soluções que outras cidades encontraram para melhorar a vida dos seus habitantes. O projeto é lindo e financiado por pessoas físicas, amigos, conhecidos, desconhecidos e gente que acredita que São Paulo tem jeito.

Não é inveja, mas COMO EU QUERIA ESTAR ALI COM A NATI!!! Como eu queria acordar de manhã e respirar ar puro, passar pelo Rio Tietê, pedalar ao lado de crianças e idosos. Sonho diariamente com uma São Paulo amiga das pessoas, feita e pensada pro bem coletivo, lugar agradável, estimulante, inspirador. Não é difícil inverter a lógica atual. Basta vontade política e pressão dos cidadãos!

Boa semana gente.

Ps.: Visitinhas mais que especiais esse final de semana me deixaram assim, nostálgica. Algumas integrantes do “Meninas ao Vento”, grupo de pedal feminino de Salvador, vieram trazer calor humano nesse frio da cidade cinza. Pedalamos, bebemos, sorrimos, conversamos e matei um pouco da saudade de ouvir o sotaque delicioso da Bahia. Elas participaram da oficina sobre cicloviagem e pedal de longa distância. Em breve coloco fotos. VOLTEM SEMPRE!